Bacalhau do Dito
Autor: Bruno Ribeiro.
Na entrada do Botequim, uma placa vai logo avisando: “O bolinho de bacalhau é tão bom que dá dó de vender”. Coisas do Dito e do Luís, irmãos e sócios que comandam o estabelecimento como manda o figurino – com prazer e orgulho de servir o melhor. É evidente que, para o dono do bar, o seu produto é sempre o melhor da praça. Mas, se o freguês fiel assina embaixo, quem há de dizer o contrário? É mister, portanto, que o ébrio leitor, independentemente de seus rigorosos critérios, despenque até Valinhos para provar o bacalhau do Dito.
Não gostando do peixe, peça torresmo. O torresmo, aliás, também é famoso na cidade. Por razões óbvias que não vem ao caso ressaltar. O fato é que o Bar do Dito, tradicional, simples, mas portentoso, é outro desses lugares que me vieram recomendados pelo Manguaça, fiel escudeiro de minhas andanças etílicas. Manguaça, por sua vez foi levado pelas mãos de Eduardinho S.T. (abreviação para Sabe-Tudo) e Marcelo Esquisitinho. Palmas para eles.
O Bar do Dito – vou tentar definir de outra forma sensitiva – é ambiente propício para sentar à beira da calçada, garrafa gelada na mão, e esquecer da vida. Pedir mais um bolinho com um aceno, degustá-lo sem pressa, com limão espremido em cima. E, acima de tudo, bater um papo bem batido com os proprietários da casa. Levando em conta o atendimento do Dito e do Luís, este é um bar que o bom bebedor reconhece de longe.